segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Passei, olhei, fiz que não vi...

Caminhando debaixo de um sol quente, rumo à lotérica para pagar contas. Passo por uma ruazinha que fica ao lado de um córrego a céu aberto. Nele há uma pequena ponte, que liga a rua onde eu estava até a que fica do outro lado do pequeno córrego.

Olho para a ponte e vejo um homem vindo lá do outro lado, mas o curioso é que ele tinha uma muda de roupas nas mãos, e tranquilamente ia jogando peça por peça no córrego enquanto atravessava a ponte. "Será um momento de desapego às coisas materiais?", penso por um segundo. Mas já acho errado o cara sair poluindo o córrego que nem salvação tem. Mal termino com meus pensamentos vendo tal cena e, lá atrás, a uns 15 metros de distância, na rua do outro lado da ponte, de onde veio o homem, aparece uma mulher gritando, "Cê vai jogar minhas roupas no córrego?!! É isso mesmo?!!".

Ela para onde está, observa sua última peça ser lançada e diz "Pode jogar, eu consigo muito mais!!", e vai embora. O homem, termina de atravessar a ponte e também segue o seu rumo, que já não é mais o mesmo que o dela.

Tudo isso aconteceu em praticamente um minuto, e quem passava pela rua, como eu, deveria estar imaginando qual seria a razão de tudo isso. Há centenas de motivos que se encaixariam nessa cena do "casal da ponte do córrego", mas após esse quase um minuto a única coisa que pensei foi "Puxa, que calor, espero que a lotérica não esteja cheia...".



Quem se preocupa demais com os problemas dos outros esquece os seus próprios problemas.



@nayarakonno

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